O advogado Márcio Sales de Freitas, que representa a garota de programa Jéssica Luana, 19, disse ao MidiaNews que irá acionar judicialmente dez jovens de classe média alta, que teriam abusado sexualmente de sua cliente - além de tê-la mantido em cárcera privado.
A jovem registrou um boletim de ocorrência na sexta-feira (21) passada, denunciando que teria sido violentada pelos rapazes, durante uma festa, na noite de quinta-feira (20), numa casa da Rua Egito, no bairro Santa Rosa.
O proprietário da casa onde a festa ocorreu, o estudante Túlio César Soares Barreto, 24, negou a acusação de estupro.
Ao MidiaNews, Túlio admitiu que a festa aconteceu em sua casa, inclusive, com a presença de Jéssica. Ele também admitiu que os amigos mantiveram relação sexual com a jovem.
O estudante disse que Jéssica foi levada por um amigo até a festa. Logo que chegou à casa, o amigo, identificado como Leandro, teria dito que "tudo já estava pago".
"A festa estava acontecendo no fundo de casa, e ele chegou com a moça. Ele disse bem alto que já estava tudo pago. Aí, o pessoal começou a ficar com ela. Não sei se foi forçado, mas ela começou a reclamar. Eu não fiquei com ela, só tomei cerveja", disse Túlio Barreto.
O rapaz negou que havia drogas na casa, como denunciado por Jéssica à Polícia e registrado em Boletim de Ocorrência. A garota alegou que foi mantida em regime de cárcere privado por, pelo menos, quatro horas.
"Sempre fazemos festinha aqui em casa e nunca teve drogas. É mentira essa acusação. Bebemos bastante e eu perguntei, várias vezes, que horas ela [Jéssica] tinha que ir embora. Teve um momento em que eu vi que ela estava quieta em um canto, meio triste, e perguntei se ela queria ir embora. Ela disse que sim, depois me falaram que ela tinha fugido", informou.
O MidiaNews localizou Túlio por volta das 15 horas de sexta-feira (21). A reportagem também falou com uma tia de Túlio, que reclamou da "bagunça deixada" na residência.
A dona de casa disse que, pelos menos, 40 telhas estavam quebradas e que a sujeira na casa era grande. Ela disse ainda que estava na casa durante a festa, juntamente com a avó e o pai de Túlio. Todos dormiam e não estranharam a bagunça, pois, segundo ela, é "normal" o sobrinho reunir amigos em casa.
Túlio disse que viu um taxista e outras garotas jogando pedra na casa, após Jéssica ter ido embora. "Deve ter sido uma represália por ela ter ido embora chateada. Agora, vou entrar em contato com o pessoal que estava aqui e contar o que esta acontecendo", disse.
O caso
A jovem Jéssica Luana trabalha como garota de programa e disse que foi contratada por um jovem, identificado apenas como Leandro, na noite de quinta-feira (20), para fazer um programa.
O rapaz teria ido buscar Jéssica em uma agência de garotas de programa, por nome "Indomada", localizada no bairro do Porto. Jéssica e Leandro já teriam saídos juntos no dia anterior.
A garota afirma que seguiu de táxi até a residência, na Rua Egito. Ao chegar lá, a moça disse que viu que havia pelo menos mais nove rapazes, que, segundo sua versão, já a esperavam de cueca.
Jéssica afirmou que foi obrigada a manter relações sexuais com eles. Segundo a denúncia, os rapazes se revezavam para manter relações sexuais seguidas com a garota.
Na delegacia, ela informou que havia cocaína na casa e que os rapazes fizeram uso do entorpecente.
O suposto sexo grupal teria ocorrido entre meia-noite e três da manhã da sexta-feira. Ela disse que foi mantida em cácere privado e que conseguiu escapar e pedir ajuda a um motorista, que a deixou próximo de uma viatura da Polícia Militar.
Jéssica foi encaminhada para fazer um exame de corpo e delito o caso é acompanhado pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher.
Fonte:midianews
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