Os jornais de todo o País e os principais portais que cobrem o futebol compararam esta semana os times de Cáceres – principalmente o Cáceres – com o Íbis, aquele time de Pernambuco considerado o pior do futebol do planeta, conforme o Guiness Book. É uma comparação curiosa, mas entristecedora.
O Íbis, pela tradição de nunca ter ganho um jogo sequer desde sua fundação, pelos anos 50, tornou-se uma tradição e, melhor ou pior, uma das atrações turísticas da cidade de Recife.No caso do Cáceres, entretanto, a sua trajetória mais recente e atual – no campeonato mato-grossense é um dos maiores exemplos de incompetência, desleixo e desrespeito não apenas em relação aos torcedores, mas ao nome de uma cidade que tradicionalmente sempre apresentou equipes fortes na competição.
No campeonato, Cáceres e Cacerense, dois times que somados não dão meia-dose de clube, já tomaram 100 gols, estão rebaixados e são vergonha local, estadual e nacional do futebol. Os dois disputam entre si quem toma a maior golada. Nesta última quarta-feira, ambos empataram, tomando de 7 x 1, como se tivessem combinado.
Motivo de piadas nas narrações esportivas, o Cáceres e o Cacerense é três pontos garantidos para qualquer que seja o adversário, uma situação que depõe contra as tradições do povo cacerense.Se desse lado o cenário é nefasto, então porque que, mesmo nessa situação ainda se pode ver os seus dirigentes parecendo pouco preocupados com tal desmantelo e até com aquele semblante sutil da satisfação? Ora, porque além de alguns patrocinadores e colaboradores que garantem um fluxo de caixa, há os recursos que a Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) repassa aos clubes.
O governo do Estado, por sua vez, consoante uma lei estadual, também garante dinheiro aos times, a todos os 15 clubes participantes do Estadual. São R$ 1,5 milhão rateados entre as equipes, depois vêm renda, cotas de TV, um movimento financeiro que, mesmo que não haja controle e planejamento, acaba permitindo, com folga, a feira e as compras nos supermercados da cidade para dirigentes lépidos e corruptos.
No andor e no martírio do time e de sua torcida, pouco se pode apostar que esse seja sentimento de um sujeito como Luiz Mário Cardoso, o Pacu, o time vai perdendo e a cidade se envergonhando. Não é de, na altura do campeonato, até supor que haja suporte e aportes para que o Cáceres conceda saldo de gols aos adversários, vez que o time desavergonhadamente apanha de 08 de um, de 12 de outro e de 14 de um mais que precise saldo de gols.
O poder público, no caso Ministério Público, tem que investigar essa “bandalheira” que aterrissou em Cáceres no atual campeonato, pois o mínimo que se espera é que uma equipe perca como faz o Mixto, em Cuiabá, cabisbaixo e impotente, mas que a derrota não seja tão vergonhosa e suspeita.
Tomar 100 gols no campeonato e aparecer tranqüilamente nas entrevistas é, no mínimo, safadeza e falta de caráter de jogadores e dirigentes, sem nenhum compromisso profissional, motivo para investigação. Não sendo assim, que se expurgue esses dirigentes canalhas do futebol de Cáceres. E para sempre! Sinézio Alcântara – Jornalista editor do Jornal Expressão e do site expressão.noticiais.com.br
Realmente isto é uma vergonha, e o apresentador Joca que é marketeiro de um dos clubes nem fala mais sobre o futebol de Cáceres só noticias repetidas de outros campeonatos. Vergonha mesmo o desastre dos dois clubes, mais vergonhoso e imperdoavel é se tiver alguma falcatrua por tras destas derrotas expressivas. É esperar para ver... Parabéns pelo blog acompanho todos os dias.
ResponderExcluir