Ao G1, o comandante da 3ª Companhia da Polícia Militar, Manoel Bugalho Neto, afirmou que o suspeito, de 38 anos, é soldado da Polícia Militar. Ele estava afastado da função desde que decidiu disputar o pleito eleitoral. Na reunião, segundo Bugalho, o policial presidia a sessão que analisava o procedimento de infidelidade partidária contra a filha do secretário de Obras. O pai dela e outros correligionários passaram a contestar a legitimidade da comissão.
Ainda de acordo com Bugalho, os ânimos se exaltaram, a reunião foi suspensa e os envolvidos seguiram com a discussão fora do prédio da Câmara de Vereadores. À polícia, o suspeito disse que foi agredido e, por isso, decidiu pegar o revólver e efetuar os disparos. Os três feridos foram encaminhados às pressas para o Pronto-Socorro de Cuiabá.
O policial militar está detido e já prestou depoimento à Polícia Militar. Ele deve ser preso em flagrante e responder na Justiça pelo crime de tentativa de homicídio. A Polícia Militar chegou a reforçar a segurança no prédio do destacamento da instituição temendo uma revolta da população. O policial estava nos quadros da PM há 10 anos.
O advogado do secretário de Obras, Júlio Moreira Júnior, disse que Isaías Vieira foi ferido no abdômen e que o tiro atingiu o fígado dele. O motorista Wagner Rosa foi baleado também no abdômen. O bombeiro aposentado Airton Miro, ainda segundo o advogado, foi atingido no braço. Isaías e Wagner foram submetidos a uma cirurgia. O bombeiro foi medicado e liberado.
Por meio da assessoria de imprensa, o presidente do PDT em Mato Grosso, Zeca Viana, lamentou o ocorrido. Ele disse que está cumprindo agenda no município de Água Boa e não tem informações precisas sobre o caso e que, assim que tiver, irá se posicionar partidariamente, mas adiantou que rechaça qualquer tipo de violência.
g1
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