domingo, 9 de setembro de 2012

O JEITO É FURÁ POÇO NO QUINTÁ - Rio Paraguai atravessa segunda maior seca dos últimos 42 anos

foto-Daniel Alcântara

O nível das águas do rio Paraguai, um dos maiores do pantanal mato-grossense, é o menor dos últimos 42 anos. Na quinta-feira, 6 de setembro, a régua instalada em frente a sede da Agência Fluvial, em Cáceres, media 94 centímetros. Até então a maior seca - 94 centímetros havia sido registrada, em 25 de outubro de 1970. A agência começou a aferir o nível do rio em 1968.

 A seca prolongada prejudica, principalmente, a navegação. Marinheiros realizam trabalhos de dragagens em vários canais, onde o volume de água está até menos 10 de centímetros, como por exemplo, nas imediações da fazenda Baiazinha, a 50 quilômetros rio abaixo, onde a equipe trabalha para desobstruir o canal que está, praticamente, seco.

Ao todo 200 quilômetros do rio que vai de Cáceres até a Lagoa Gaíva está sendo dragado. O trabalho deve prosseguir até dezembro e sob o risco de não ser concluído, dada a extensão do trecho.

"A dragagem nos pontos críticos é uma necessidade. Caso contrário, as embarcações ficarão encalhadas" explicou o sargento Paulo Romeu, informando que, os comandantes das embarcações estão sendo orientados a navegar em baixa velocidade para evitar acidentes.

Em alguns pontos o cenário é desolador. Além do baixo volume de água, a vegetação seca nas margens facilita ocorrências de incêndios florestais, destruindo a camada de vegetação e matando aves e animais silvestres.

 Nos últimos dias foram verificados dezenas de focos de queimadas nas margens ao longo do rio e em fazendas próximas na região. A estiagem é provocada pela falta de chuva. De acordo levantamento do Corpo de Bombeiros, não chove na região há mais de 70 dias. Na baia do Daveron, em frente a praça Barão do Rio Branco, banhistas atravessam à pé de um lado para outro.

expressão noticias

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