É muito grave o
estado de saúde do secretário de Obras de Santo Antônio de Leverger (27
km ao Sul de Cuiabá), Isaías Vieira, alvejado por dois tiros, na noite
de quarta-feira (4), pelo candidato a vereador Marcelo Queiroz (PDT), em
frente à Câmara Municipal da cidade.
Isaías passou por uma
cirurgia e, ainda na manhã de hoje (5), foi encaminhado para a Unidade
de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Cuiabá, já que no
Pronto-Socorro não havia vagas disponíveis.
O secretário de Obras foi atingido com dois tiros na região da barriga e teve o fígado perfurado.
Seu
motorista, Wagner Rosa, que também foi baleado por Marcelo, está fora
de perigo, mas continuará internado no setor de emergência do
Pronto-Socorro de Cuiabá. O disparo que atingiu o atravessou, ferindo
também um bombeiro reformado no braço.
Marcelo, que é policial
militar - mas se licenciou da função para disputar a eleição para
vereador em Santo Antônio -, foi preso em flagrante.
Por ser PM,
ele encontra-se recolhido no Centro de Formação de Aperfeiçoamento de
Praças (CFAP), em Cuiabá, onde ficará à disposição da Justiça. A
informação é do major Manoel Bugalho Neto, comandante da 3ª Companhia da
Polícia Militar.
A confusão aconteceu após uma reunião do PDT na
Câmara de Santo Antônio, onde era discutida a possibilidade de expulsão
de alguns candidatos da sigla, acusados de infidelidade partidária, por
demonstrarem apoio ao postulante a prefeito Celso Nogueira (PR),
adversário de Valdir Ribeiro (PT), que é coligado ao PDT.
Dois dos “infiéis” seriam Patrícia Veira, filha de Isaías, e Aldemar Gálio.
Durante
a reunião, os ânimos se acirraram e, já do lado de fora da Câmara, o
filho de Isaías, vereador Isaías Júnior (PDT), partiu para cima de
Marcelo, pois o pai teria sido ofendido pelo policial.
Eles
entraram em luta corporal e Marcelo sacou a arma, efetuando, pelo menos,
três disparos. Dois deles acertaram a barriga do secretário de Obras.
Fato grave
Entre
os integrantes do PDT, a reação foi de surpresa e lamento. O presidente
do Diretório Municipal de Cuiabá, Kamil Fares, informou que se reuniria
nesta tarde com o senador Pedro Taques – principal liderança da sigla –
para discutir o que poderia ser feito ou sugerido em relação aos
envolvidos na confusão.
"As cúpulas municipais têm independência
para decidir sobre como proceder, mas esse caso chama à atenção pela
gravidade. Não é o tipo de comportamento que podemos considerar como
civilizado. O que diferencia o ser humano de um animal é a capacidade de
pensar”, disse Fares.
A reportagem tentou contato com deputado estadual Zeca Viana, presidente do PDT no Estado, mas não obteve resposta.
midianews
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