Um policial militar, um investigador da Policia Civil e um empresário, todos do município de Glória do Oeste – 278 quilômetros de Cuiabá – foram presos em flagrante no inicio da noite de terça-feira (22), por agentes federais de Cáceres e policiais civis de São José dos Quatro Marcos. São eles: Valdeci de Oliveira Viana, o soldado Viana (45); o investigador Waldette de Almeida Neves, vulgo “Boi” (36) e o empresário Vanderlei Rodrigues da Silva , vulgo “Correria” (35), o bando transportava na viatura da Policia Civil, cerca de 10 quilos de pasta base de cocaína, quando foram surpreendidos. Todos foram autuados pela Policia Federal por crimes de trafico de drogas; associação para o trafico; estão presos em Cáceres, mas devem ser transferidos com escolta reforçada para o Presídio Militar de Santo Antonio do Leverger. Além desses o sargento José Carlos Teodoro, também foi detido pela PF e em seguida liberado, porém será investigado.
Nas residências dos policiais foram efetuadas buscas e apreensões, os distintivos e armas usadas por eles já estão recolhidas.
Durante o indiciamento da quadrilha o delegado corregedor da Policia Civil- Luiz Fernando da Costa – apontando como rigoroso, e que inclusive já atuou na fronteira, acompanhou o depoimento do agente policial envolvido no caso o Waldette Boi, o mesmo procedimento foi adotado com autoridades da PM que estiveram na sede da delegacia da PF em Cáceres.
As ações delituosas dessa ramificação infiltrada nas duas corporações já vinham sendo monitorada há vários meses. O investigador Waldette Boi, ostentava, segundo a própria Policia, padrão financeiro elevado com carros de luxos e imóveis de alto valor. Outro fato que levantou suspeita sobre ele, é que agia sempre em conluio com policiais militares, quase nunca com seus colegas agentes policiais civis, e ainda, conforme investigações, quase diariamente usava as viaturas tanto da Civil quanto da Policia Militar. Pesam sobre o bando que fortes suspeitas os entorpecentes não eram trazidos da Bolívia, mas sim “arrochados” em barreiras falsas montadas na estrada do Zeca Lemes. O termo arrocho é comum na área de fronteira, é quando o policial efetua a apreensão da droga, porém não dá a destinação para qual foi orientado e acaba recolocando a droga nas mãos de traficantes.
O policial Viana, está sendo acusado de supostamente dar cobertura as ações de Waldette e ainda se beneficiar do trafico. Enquanto que o empresário Vanderlei, o “Correria” tinha missão de negociar a droga para fora do estado, lavar o dinheiro e efetuar o rateio do lucro obtido com os demais comparsas.
As autoridades ainda não têm um levantamento de quanto o grupo tenha movimentado em dinheiro, mas não estão descartados os seqüestros dos bens adquiridos, mesmo aqueles transferidos para nomes de terceiros (parentes em Cáceres) e até veículos. Assim como também não estão descartados novos pedidos de prisões de outros policiais. Num município vizinho a Glória, dois civis e três militares também vêm sendo monitorados pela mesma pratica do arrocho.
A reportagem tentou contato com o delegado regional em Càceres Douglas Turibio, mas não houve retorno, quanto ao comandante da Policia Militar, na região de Cáceres coronel Cilson de Oliveira também não foi localizado.
LOCALIZAÇÃO: a cidade de Glória do Oeste com pouco mais de 4 mil moradores está situada a margem direita da BR 174, o seu trevo de entrada dá acesso a estrada cabriteira conhecida como “Zeca Lemes” que é cortada pelo rio Jauru dando vazão ao território boliviano. Essa localização estratégica tem facilitado ações de quadrilhas que abusam do reduzido efetivo policial, que muitas vezes acaba – como neste – tomando parte de bandos dificultando o policiamento.
MAIS INDICIAMENTOS: O Ministério Publico de Cáceres determinou nesta semana o indiciamento de mais três policiais militares do município por abuso de autoridade, invasão de domicilio e tortura. São eles: sargento Geraldo Silva; Reginaldo Lopes, o R. Lopes e Hermenegildo Perez, do Perez. Esse trio foi acusado de invadir uma residência no Bairro Poupex I, em Cáceres, sob a alegação de havia droga, erraram de endereço, torturam com sacolas plasticas um casal e ameaçaram crianças. Não bastasse isso, não possuíam mandados de busca e sequer efetuaram boletim de ocorrência, após a “barrigada” prestaram depoimentos contraditórios.
Nas residências dos policiais foram efetuadas buscas e apreensões, os distintivos e armas usadas por eles já estão recolhidas.
Durante o indiciamento da quadrilha o delegado corregedor da Policia Civil- Luiz Fernando da Costa – apontando como rigoroso, e que inclusive já atuou na fronteira, acompanhou o depoimento do agente policial envolvido no caso o Waldette Boi, o mesmo procedimento foi adotado com autoridades da PM que estiveram na sede da delegacia da PF em Cáceres.
As ações delituosas dessa ramificação infiltrada nas duas corporações já vinham sendo monitorada há vários meses. O investigador Waldette Boi, ostentava, segundo a própria Policia, padrão financeiro elevado com carros de luxos e imóveis de alto valor. Outro fato que levantou suspeita sobre ele, é que agia sempre em conluio com policiais militares, quase nunca com seus colegas agentes policiais civis, e ainda, conforme investigações, quase diariamente usava as viaturas tanto da Civil quanto da Policia Militar. Pesam sobre o bando que fortes suspeitas os entorpecentes não eram trazidos da Bolívia, mas sim “arrochados” em barreiras falsas montadas na estrada do Zeca Lemes. O termo arrocho é comum na área de fronteira, é quando o policial efetua a apreensão da droga, porém não dá a destinação para qual foi orientado e acaba recolocando a droga nas mãos de traficantes.
O policial Viana, está sendo acusado de supostamente dar cobertura as ações de Waldette e ainda se beneficiar do trafico. Enquanto que o empresário Vanderlei, o “Correria” tinha missão de negociar a droga para fora do estado, lavar o dinheiro e efetuar o rateio do lucro obtido com os demais comparsas.
As autoridades ainda não têm um levantamento de quanto o grupo tenha movimentado em dinheiro, mas não estão descartados os seqüestros dos bens adquiridos, mesmo aqueles transferidos para nomes de terceiros (parentes em Cáceres) e até veículos. Assim como também não estão descartados novos pedidos de prisões de outros policiais. Num município vizinho a Glória, dois civis e três militares também vêm sendo monitorados pela mesma pratica do arrocho.
A reportagem tentou contato com o delegado regional em Càceres Douglas Turibio, mas não houve retorno, quanto ao comandante da Policia Militar, na região de Cáceres coronel Cilson de Oliveira também não foi localizado.
LOCALIZAÇÃO: a cidade de Glória do Oeste com pouco mais de 4 mil moradores está situada a margem direita da BR 174, o seu trevo de entrada dá acesso a estrada cabriteira conhecida como “Zeca Lemes” que é cortada pelo rio Jauru dando vazão ao território boliviano. Essa localização estratégica tem facilitado ações de quadrilhas que abusam do reduzido efetivo policial, que muitas vezes acaba – como neste – tomando parte de bandos dificultando o policiamento.
MAIS INDICIAMENTOS: O Ministério Publico de Cáceres determinou nesta semana o indiciamento de mais três policiais militares do município por abuso de autoridade, invasão de domicilio e tortura. São eles: sargento Geraldo Silva; Reginaldo Lopes, o R. Lopes e Hermenegildo Perez, do Perez. Esse trio foi acusado de invadir uma residência no Bairro Poupex I, em Cáceres, sob a alegação de havia droga, erraram de endereço, torturam com sacolas plasticas um casal e ameaçaram crianças. Não bastasse isso, não possuíam mandados de busca e sequer efetuaram boletim de ocorrência, após a “barrigada” prestaram depoimentos contraditórios.
Por: João Arruda em 23/05/2012 18:21:01
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