quarta-feira, 13 de junho de 2012

"MONSTROS DE MT" - MINISTÉRIO PÚBLICO DENUNCIA MÃE QUE MATOU A PRÓPRIA FILHA A MACHADADAS

O Ministério Público Estadual (MPE) ofereceu denúncia contra a dona de casa Zilda Ferreira da Silva, de 36 anos, por homicídio qualificado. Ela é acusada de matar por espancamento a própria filha, Rosilda Ferreira da Silva, 15, no bairro Novo Paraíso, na periferia de Cuiabá.

Zilda e seu ex-companheiro, Fernando Roberto dos Santos, também foram denunciados pelo MPE pelo crime de fraude processual, uma vez que, antes de acionarem a Polícia e o socorro, eles teriam trocado a roupa da adolescente e limpado o sangue espalhado na residência, alterando a cena do crime.

Além disso, o casal é acusado de ter escondido a arma do crime, um machado, que foi encontrado, posteriormente, ainda com vestígios de sangue.

Na denúncia, a qual o MidiaNews teve acesso, a promotora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela afirma que, no último dia 27 de abril, a dona de casa desferiu golpes de machado contra a sua filha, “com inequívoca intenção de matar”.

De acordo com a denúncia, o crime foi cometido mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima, que padeceu no Pronto-Socorro de Cuiabá por três dias, morrendo em decorrência de traumatismo craniano causado pelos golpes desferidos pela mãe.

Caso a Justiça aceite a denúncia, Zilda e Fernando deverão ser julgados por Júri Popular. A dona de casa, se condenada, poderá cumprir pena de reclusão que varia de 12 a 30 anos de prisão.

Zilda e o ex-companheiro ainda podem ser condenados por fraude processual, que prevê detenção por um período de três meses a dois anos de detenção.

Atualmente, a acusada está presa preventivamente no Presídio Feminino Ana Maria do Couto May. 

Ela teve o pedido de revogação da prisão negado pela juíza da 2ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, Tatiane Colombo, sob justificativa que a dona de casa poderia vir a amedrontar as testemunhas.

Testemunhas

A promotora solicitou ainda, caso a dupla seja levada a Júri Popular, a oitiva de duas testemunhas da fraude processual, sendo um motorista e um policial militar que atendeu à ocorrência, e de seis testemunhas do crime de homicídio, entre elas os irmãos da vítima, dois médicos que atenderam a garota e vizinhas da família.

Relembre o caso

O crime ocorreu na madrugada do dia 27, por volta das 4 horas, no bairro Novo Paraíso, na periferia de Cuiabá. 

O inquérito foi conduzido pelo delegado Antônio Carlos Garcia, da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). 

As investigações da DHPP mostram que, além da vítima, estavam na casa apenas a mãe Zilda e o irmão de 11 anos, que dormiam em outro quarto. 

O menor foi interrogado pela Polícia e acabou revelando que a mãe acertou um objeto na cabeça da irmã e, depois, se livrou dele. 

O menor disse ainda que, devido à pancada, a irmã se levantou e, como estava atordoada, acabou se chocando com a parede e caiu ferida, espalhando sangue pelo chão. 

Para esconder a violência, a mãe lavou o chão do quarto, limpou a filha e a colocou na cama novamente. Só depois disso, ela acionou a Polícia Militar. 

Familiares disseram à polícia que Zilda sofre de problemas psicológicos e que fez tratamento. Eles alegam que esse pode ser uma dos motivos que levaram a dona de casa a agredir a filha de forma tão violenta.
midianews

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