segunda-feira, 21 de novembro de 2011

DE PÊNCA - Travesti pega 25 anos de cadeia por morte de empresário

A Justiça condenou, no final da tarde desta segunda-feira (21), a 25 anos de prisão, o travesti Huanderson Barbosa Moura, o “Sandy”, e também a mesma pena o seu companheiro Rômulo Victor Cardoso de Melo.

Os dois são acusados do latrocínio (roubo seguido de morte) que vitimou o empresário Martim Dabul Pompeo de Barros, dono da locadora de vídei Casablanca, em Cuiabá, no dia 27 de abril deste ano.

Na ocasião, os dois se juntaram para roubar a caminhonete S10 do empresário, que seria vendida na Bolívia por R$ 5 mil. O dinheiro seria usado na aplicação de silicone nos seios do travesti. A picape, no entanto, foi localizada no CPA, por meio de rastreador.

O julgamento foi realizado pelo juiz da 6ª Vara Criminal de Várzea Grande, Newton Franco de Godoi. Os dois sentenciados estão presos, com a prisão preventiva decretada.

Policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) descobriram também, através do sistema de câmera do motel onde a vítima passou, que um travesti havia entrado a pé. Através da identificação, chegaram até Sandy, graças ao rastreador.

Sandi e Rômulo foram presos horas depois de matar o empresário e jogar o corpo fora e roubar a S 10 da vítima.

Os policiais também chegaram até um balconista de farmácia que forneceu o sonífero Canezepan, conhecido como "Boa Noite, Cinderela".

Por volta das 21 horas daquele dia , o empresário chegou com sua picape na região do Zero Quilômetro e eles teriam combinado um programa.

Foram até um motel, sendo que a vítima entrou com o veículo e o travesti a pé. Assim que transaram e o empresário foi tomar banho, Sandy aproveitou para colocar o sonífero na cerveja. Assim que o empresário “apagou”, o travesti ligou para o companheiro, que chegou numa mototaxi.

Rômulo disse que asfixiou a vítima com um travesseiro. Em seguida, pagaram a conta e saíram com a picape.

Como o veículo tem rastreador, os policiais descobriram que eles deram várias voltas pela cidade, até parar na localidade de Barreiro Branco, zona rural de Cuiabá, onde se livraram do cadáver.

“É possível que aquela pancada que aparece na cabeça da vítima tenha sido provocada na hora de tirar do carro, pois o carro é alto”, disse o delegado Silas Caldeira.

"É possível que aquela pancada que aparece na cabeça da vítima tenha sido provocada na hora de tirar do carro, pois o carro é alto", disse o delegado Antônio Carlos Garcia, responsável pelas investigações.

Os dois ainda respondem pelo crime de tráfico de drogas, cujo processo tramita na 9ª Vara Criminal de Cuiabá.

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