sexta-feira, 31 de agosto de 2012

NEM A PARADA GAY FICÔ LIVRE DA 'PEDIÇÃO DE VOTOS DOS POLÍTICOS' - Políticos aproveitam Parada Gay para 'conquistar' o voto do eleitor LGBT

A 10ª Parada da Diversidade Sexual de Cuiabá teve cunho político e contou com a participação maciça de candidatos que aproveitaram o percurso da marcha e o evento em si para pedir o voto do eleitorado LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros e o 's' se refere aos simpatizantes). 

Segundo um dos organizadores da marcha, Menotti Griggi, este ano teve seu local alterado e justamente para dar maior cunho político para a manifestação. Ao invés de o desfile acontecer na Avenida Getúlio Vargas, o trajeto foi pela Avenida Historiador Rubens de Mendonça até o Centro Político Administrativo, onde vários shows aconteceram na Praça das Bandeiras. 

Madrinha do evento e de olho no voto de ‘possíveis’ eleitores para seu marido e candidato a vereador João Emanuel, Janaína Riva (PSD), mostrou que aprendeu com o pai José Riva como se conquista a simpatia do eleitor com um bom discurso. Não era possível andar 100 metros sem receber ao menos um santinho de algum candidato. A candidata Ana Flávia, por exemplo, preparou leques estampados com as cores do arco-íris contendo suas propostas para distribuir aos participantes. 

O vereador Ralf Leite, que chegou a ser cassado por quebra de decoro depois de ser pego fazendo sexo oral com uma travesti menor de idade, marcou presença no evento e falou aos participantes sobre importância de uma sociedade livre de preconceitos e do respeito às diferenças. 

Em busca da cura
O tema da parada neste ano foi “Homofobia tem cura: educação e criminalização”. O lema dialoga diretamente com a ideia propagada por algumas correntes religiosas de que homossexualidade tem cura. Para os líderes do movimento, o que deve ser curado é a intolerância. No cartaz foi até estampado o “Zé Gotinha”, imortalizado nas campanhas de vacinação infantil.

“Se eu ensino o meu filho a amar, eu também posso ensiná-lo a odiar”, diz Clovis Arantes da Ong Livre Mente , segundo o qual a educação é o melhor caminho para diminuir a violência e hostilidade contra homossexuais. A segunda via seria a criminalização da prática. Existe até um projeto de lei (PL122) tramitando no Congresso Nacional, mas a bancada evangélica tem agido sistematicamente para barrar a aprovação.







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