Noventa e dois por cento das prostitutas de Mato Grosso admitem que mantiveram relações sexuais sem "camisinhas", enquanto todas, pelo menos por uma vez, confessam que usaram algum tipo de droga, principalmente a maconha e cocaína. Com idades entre 20 e 30 anos, a maioria (80%) atua em bares e lanchonetes. O perfil da prostituta no Estado foi traçado pela Pastoral da Mulher Marginalizada a pedido do Ministério da Saúde.
A coordenadora de campo de projeto, Rosely Maria Rodrigues, diz que o preservativo tem a mesma conotação que o beijo na boca de antigamente. Quando há algum tipo de sentimento na relação, elas dispensam como "forma de amor".
A ação, segundo a pesquisadora, não é típica apenas da profissional do sexo, mas das mulheres em geral, que acabam sendo contaminadas por Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) pelos companheiros. Os números apontam que no trabalho, 58,2% asseguram que exigem o uso pelo parceiro e 41,8% afirma que existem exceções. "Elas colocam o sentimento acima da segurança".
A ação, segundo a pesquisadora, não é típica apenas da profissional do sexo, mas das mulheres em geral, que acabam sendo contaminadas por Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) pelos companheiros. Os números apontam que no trabalho, 58,2% asseguram que exigem o uso pelo parceiro e 41,8% afirma que existem exceções. "Elas colocam o sentimento acima da segurança".
M.G.S, 45, foi prostituta por 10 anos e hoje é militante na pastoral. Ela explica que depois de vários trabalhos de abordagem as mulheres já entendem a importância da "camisinha", mas há 19 anos era difícil convencer os clientes. Hoje, o principal problema das profissionais é a droga. Muitas são usuárias e no momento de "fissura", fazem qualquer negócio para conseguir dinheiro para manter o vício.
A pesquisa mostra que todas elas já tiveram contato com algum tipo de droga, legalizada ou não. Entre as que participaram das entrevistas, 64,3% garantiram uso de maconha, 41,2% de cocaína, 38,9% de pasta-base de cocaína, 55,4% de álcool, 34,5% de cigarro e 5,5% de crack.
Os produtos são oferecidos nos locais de prostituição, que podem ser bares, boates, postos de gasolina, rodovias e ruas. Elas preferem fazer os programas em estabelecimentos devido a segurança. Menos de 20% ficam expostas na vias públicas.
Os produtos são oferecidos nos locais de prostituição, que podem ser bares, boates, postos de gasolina, rodovias e ruas. Elas preferem fazer os programas em estabelecimentos devido a segurança. Menos de 20% ficam expostas na vias públicas.
M.G.S explica que algumas estratégias tentam minimizar o risco. Elas nunca ficam sozinhas e quando uma sai com o cliente, a outra anota a placa do carro. Os programas geralmente acontecem em motéis, que representam 67% dos atendimentos. Os encontros marcados na casa do contratante e em locais escolhidos por ele têm mais possibilidade de acabar em violência.
A militante nunca foi vítima de violência quando estava na "luta", mas relata que já acompanhou casos em que a profissional foi morta ou estuprada pelo cliente.
A militante nunca foi vítima de violência quando estava na "luta", mas relata que já acompanhou casos em que a profissional foi morta ou estuprada pelo cliente.
Aliciador - As prostitutas começam a trabalhar cedo. Há relatos de profissionais que começaram na infância, aos 10 anos (0,2%). O número chega a 36% quando são somadas as porcentagens entre 10 anos e 17 anos. A maior parte delas iniciou na atividade entre 15 e 19 anos (35%).
A pesquisa também trabalha a figura do aliciador, que nem sempre é clara para a prostituta. Sessenta e seis por cento asseguram ter feito programa convidadas por uma amiga. Rosely explica que às vezes, a "amiga" recebe algum tipo de benefício de pessoas que lucram com os programas para trazerem novas "meninas". Em outras situações, o traficante faz o papel de aliciador das mulheres, que sempre "devem" alguma quantia. Apenas 3,2%, afirmam ter sido contratadas por donos de boates e empresários do setor.
A pesquisa também trabalha a figura do aliciador, que nem sempre é clara para a prostituta. Sessenta e seis por cento asseguram ter feito programa convidadas por uma amiga. Rosely explica que às vezes, a "amiga" recebe algum tipo de benefício de pessoas que lucram com os programas para trazerem novas "meninas". Em outras situações, o traficante faz o papel de aliciador das mulheres, que sempre "devem" alguma quantia. Apenas 3,2%, afirmam ter sido contratadas por donos de boates e empresários do setor.
A quantidade de pessoas levadas por integrantes da família impressionou o grupo de pesquisa. Entre as entrevistadas, 9,1% "caíram" na prostituição encaminhas por pais, tios, avós e primos.
fonte:midianews
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