Para o TCU, o orçamento avaliado em R$ 68 milhões está superfaturado em pelo menos R$ 13 milhões. As obras também estariam sendo superdimensionadas com serviços desnecessários, como refazer a base do asfalto e contratar a restauração para um ano após o término das obras de recuperação da rodovia. Segundo o secretario de Controle Interno do TCU em Mato Grosso, Carlos Augusto de Melo Ferraz, os gestores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) já estão sendo ouvidos e os recursos da obra ainda não foram bloqueados. "Nossa pretenção não é paralisar a obra, mas sim que o serviço correto seja prestado".
Além da BR-070, também estão na mira do TCU três trechos de obras na 364. O Tribunal já bloqueou R$ 10 milhões, que seriam investidos no pagamento das empresas que executaram o serviço. As irregularidades seriam a largura do pavimento na Serra de São Vicente e o ponto de mistura de asfalto, ambos inferiores ao que constava no contrato, além de fraudes no transporte do material.
O superintendente do Dnit, Nilton de Brito, admitiu que as falhas existem e disse que no caso da BR-070 os projetos e contratos serão revisados. "Como uma medida cautelar, nós imediatamente suspendemos os pagamentos, até que se comprove de fato o que houve e qual o valor que deve ser subtraído ou não da medição", afirmou. Sobre a BR-364, Brito reconhece que algumas empresas possuem veículos próprios, mas mesmo assim o transporte do material é pago nos contratos. "Várias empresas possuem carreta própria para fazer o transporte e o Dnit paga o transporte cotado. Então isso faz com que a empresa saia ganhando o dinheiro com o transporte".
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