A partir de hoje passo a escrever neste espaço sem a responsabilidade de ser proprietário do Jornal Oeste. Confesso que ainda não digeri bem esta nova fase, mas ela é necessária, principalmente para o crescimento e manutenção da credibilidade. As mudanças aqui ocorreram paralelamente à eleição que nos frustrou mais uma vez pela não eleição de um deputado estadual.
Nova fase II
Muito já foi dito sobre os motivos, mas quero colocar um ponto final neste episódio mostrando alguns números que surpreendem. Dos 60.742 eleitores aptos a votar em Cáceres, 14. 143 não compareceram as urnas. Apenas 46.599 votaram. Ainda assim, 1.274 votaram em branco e 2.871 anularam o voto. O maior absurdo, no entanto, é que quase 22 mil votaram em candidatos a deputado estadual de outras cidades. Este número superou inclusive a votação dos oito candidatos da cidade.
O que deu errado ? Fui às ruas ouvir o povo que se importa com a situação e a opinião da maioria é de que a culpa é de Pedro Henry e Túlio Fontes. Isso mesmo! Pedro seria culpado porque em nome do seu projeto de reeleição, simplismente loteou a cidade entre Leomar, Azambuja, Ezequiel e Português. Os quatro carregaram o seu nome e lhe garantiram 22 mil votos.
Nova fase IV
Nessa história, quem levou a pior foi Cáceres e Leomar Mota que foi o único a não receber estrutura e apoio financeiro do grupo de PH. Sem dinheiro, Leomar teve que assistir seus companheiros de partido se dividir entre Português, Azambuja, Ezequiel, Riva, Guilherme Maluf, Sérgio Ricardo e dezenas de outros que chegaram à Cáceres com a mala cheia de dinheiro e mataram a fome da bugrada.
Nova fase VI
O fato é que Cáceres caminha para 20 anos sem eleger um deputado estadual. Porém os acontecimentos recentes nos deixaram algumas lições para o futuro. Não teremos tão cedo um deputado se tivermos que contar com a conscientização da população. Se quisermos ter um deputado, temos que arranjar um nome forte e que possua uma boa estrutura financeira para empregar “os passa fome” que em época de eleição, se comportam como “damas da noite”. Quem der mais leva!
Leomar
Até poucos dias, considerava o vereador Leomar Mota um sujeito inteligente, mas depois que ouviu suas entrevistas na Radio Difusora AM e na Radio Club FM recentemente, cheguei à conclusão que ele está no grupo político certo. Falar que ele não conseguiu se eleger porque foi prejudicado por mim e pelo Jornal Oeste é um desculpa bem esfarrapadal. O Pedro Henry coloca três candidatos em Cáceres, o presidente e o partido dele inteirinho vai trabalhar para estes candidatos e a culpa pela sua não eleição é minha!. Ta certo que o Jornal Oeste é a terceira mídia de Cáceres, depois das rádios e das TVs, mas ainda não temos esta capacidade. E com todo o respeito que tenho pela pessoa do Leomar, o seu eleitor assiste o Aqui Agora e ouve as rádios AM.
Reforma administrativa
Se a prefeitura de Cáceres não fizer uma reforma administrativa este ano, para poder receber o resto dos servidores concursados e os futuros concursados da saúde, a partir de 2012 ela corre o risco de quebrar. A reforma precisa por fim as incorporações, os adicionais por tempo de serviço e enxugar a estrutura da prefeitura. Esta previsão catastrófica está baseada em três fatores principais.
Reforma administrativa II
A baixa arrecadação própria com IPTU e outros tributos, a queda dos repasses constitucionais e o aumento previsto de despesa com pessoal. A uma enorme previsão de gastos para os próximos dois anos, contra uma estimativa de receita acanhada. É matemática simples. Mais do que nunca, a galinha dos ovos de ouro está em risco.
Reforma administrativa II
No posto de vista da administração direta, as medidas principais incluem o enxugamento do número de secretarias, coordenações e demais cargos comissionados. Com relação às incorporações e os ATSs, eles precisam ser eliminados ou substituídos por outros incentivos.
O PT daqui também rachou
Uma manobrar arquitetada pelo grupo dos professores Domingos Sávio, Acir Montechi e Eliel Regis de Lima, provocou um serio racha no PT de Cáceres. Com o aval do grupo da vereadora Lucia Gonçalves, a ala mais radical conseguiu aprovar junto ao diretório municipal uma resolução de rompimento com a administração. O golpe pegou desprevenido o grupo governista composto pelo vereador Alonso Batista, Silvia Fernandes, James Cabral e Josué Alcântara. Se não deixarem os cargos na prefeitura, Silvia, James e Josué poderão ser expulsos do partido. O que vai acontecer, nós só vamos ficar sabendo no decorrer da semana. Na minha opinião o PT vai dar um passo para traz.
Mesa da Câmara
Em meio a frustração com resultado das eleições e o desentendimento interno do PT, começam as especulações em torno dos nomes para substituir Leomar Mota na presidência da Câmara a partir de janeiro. E a coisa não será fácil. Com exceção de Leomar, os noves demais vereadores alimentam o sonho de presidir a casa. Mais afoitos como os vereadores Cabo Nilson e Usias Pereira, já estão em franca campanha há dias.
Os vereadores Alonso Batista e Josias Modesto também já conversam nos bastidores sobre suas pretensões. O primeiro problema que a maioria terá será conseguir o apoio de Celso Fanaia e Leomar que estão putos com os colegas que não engajaram nas suas campanhas. Superada esta fase, eles ainda precisam conseguir o apoio do prefeito Túlio Fontes. O jogo está armado e deve esquentar daqui para frente.
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