Desde que chegaram, na madrugada de terça-feira, os trabalhadores estão construindo barracos e organizando o espaço coletivo para permanência das famílias no acampamento. O local próximo da área urbana está sendo ocupado pela segunda fez pelo MST, considerado como uma das áreas estratégias pelo movimento uma vez que, além de estar próximo a zona urbana o local possui minas de água para consumo, além de uma represa.
Entre as famílias acampadas é grande o numero de crianças entre 4 a 6 anos. Até na manhã de ontem, cerca de 30 crianças integravam o acampamento. E, com a possibilidade da chegada novas famílias esse número deve aumentar ainda essa semana.
Para Wellington Pereira do Nascimento, coordenador estadual do MST, a fazenda é improdutiva, pois não cumpre a função social.
“Aqui não tem um pé de alface plantado não se produz nada, tem apenas um caseiro o que prova que até o gado é pouco” observou. O coordenador explicou ainda que fazenda passou por duas vistorias e os laudos comprovam que a área é improdutiva. Pereira confirmou que propriedade pertence a três fazendeiros que residem em São Paulo, mas que está arrendada para um empresário local. Salientou que a fazenda aguarda decreto junto ao Instituto Nacional de Reforma Agrária (INCRA), para aquisição do imóvel a fim de promover a reforma Agrária.
Mais 250 famílias ocupam desde ontem a fazenda Mutum conhecida popularmente como São João de propriedade de família do falecido João Ladeia. O latifúndio fica próximo ao acampamento Silvio Rodrigues e pertence ao município de Gloria D`Oeste com uma área de 3500 hectares.
Além de improdutiva, a fazenda Mutum é muito grande por isso a estratégia de ocupá-la esclareceu Wellington Pereira.O acampamento está ás margens da BR 174 (de Mirassol D`Oeste.). Nas duas ações simultaneamente as famílias entraram pacificamente na por volta das 4h da madrugada se de terça feira 14 e por enquanto está tudo tranqüilo nos locais Nilo da Silva, integrante da coordenação estadual do MST, disse que essas famílias estavam vivendo nas cidades próximas. "A maioria está desempregada e há muito tempo, passando muita necessidade".
O MST está convocando outras famílias, que também estejam nessas condições e que queiram se juntar à luta por reforma agrária. "Estamos de porteira aberta nas duas fazendas", avisa.
Por: expressãonotícias em 16/06/2011 14:24:26
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