sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Arcanjo financiou campanha e mantém negócios no DF



O bicheiro-empresário João Arcanjo Ribeiro, o “Comendador”, 58 anos, manteve e ainda mantém “negócios” em Brasília, no Distrito Federal, fez vários negócios suspeitos com governantes do Distrito Federal. Chegou a “emprestar” através de um suposto pagamento, a bagatela de US$ 500 mil dólares para campanha eleitoral. Apesar de a organização de Arcanjo ter ruído em 2002 com a “Operação Arca de Noé”, investigações realizadas pela Polícia Federal e Ministério Público Federal mostraram que ele havia diversificado os negócios e expandido além fronteiras de Mato Grosso, estabelecendo ramificações em mais cinco estados.
No Distrito Federal, por exemplo, a quadrilha do Comendador começou agindo com o Governo de Joaquim Roriz “e, espantosamente permanece ativa na atual administração”, a do democrata José Roberto Arruda, segundo documento relacionado as investigações. Arcanjo foi preso em abril de 2003 num bairro de classe média em Montevidéu, no Uruguai, onde estava refugiado. Atualmente encontra-se recolhido no Presídio Federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Ninguém aposta um centavo de que esteja parado, esperando a hora de sair da cadeia.
No documento relacionado ao empréstimo de US$ 500 mil dólares existe uma anotação que a Polícia Federal entendeu como se fosse a explicação para o pagamento. “O governador me disse que vai atender tudo” - escreveu à mão Messias, em fax enviado a um assessor do “Comendador”. Messias, segundo o documento, ficou no epicentro das investigações da Polícia Federal, por ser bicheiro, amigo de Arcanjo e dono da Empresa Sapiens Tecnologia, uma das empresas investigadas na época.
A Polícia Federal apreendeu na casa de Messias, em 2004, documentos que comprovam sua ligação como o “Comendador”, mesmo ele já estando preso. A PF apreendeu também, recibos e anotações que indicam o oferecimento de propinas a políticos locais (de Brasília) em troca de negócios com o governo.
O operador avançado da quadrilha na administração do Distrito Federal, segundo ainda as investigações da Polícia Federal, era Durval Barbosa, um delegado aposentado da Polícia Civil. Barbosa, segundo ainda o documento, era o responsável pela maioria dos contratos superfaturados assinados com a Empresa Sapiens Tecnologia. O ex-policial é o elo entre a administração Roriz e a atual, de José Roberto Arruda. Arruda sucedeu a Roriz com um discurso de moralidade e eficiência administrativa
Barbosa foi secretário de Relações Institucionais de Arruda. Ele foi o pivô da Operação Caixa de Pandora, que desbaratou o "mensalão do DEM", mantido sob forte esquema de segurança desde 27 de novembro, em local secreto, à disposição do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Amparado pelo Programa de Proteção a Testemunhas do Ministério da Justiça, ele tem arsenal de fitas, que constitui o maior arquivo digital sobre a rede de corrupção na capital do País. Conhecido como "rei do grampo", Durval teria mais 20 gravações inéditas, o que tira o sono de muita gente.
Promotores apuraram que a empresa Sapiens Tecnologia poderia até ganhar um milionário contrato para instalar um sistema de monitoramento nas ruas da capital. Por essa empresa fluiiria o dinheiro para pagar Arcanjo. Por meio de sua assessoria, o governador Arruda disse que seria "injusto" demitir seu secretário até que o processo fosse julgado.
O documento descreve o “Comendador” como um criminoso de altíssima periculosidade, respondendo atualmente mediante condenações e prisão preventiva por crimes financeiros como evasão de divisas e lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e homicídios, entre outros. Arcanjo chegou a ser procurado no mundo inteiro pela Interpol.
fonte- 24horasnews

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