O humorista Francisco Everardo Oliveira Silva (PR-SP), o Tiririca, foi o candidato a deputado federal mais votado pelos presos provisórios que foram às urnas instaladas em 28 presídios do Estado de São Paulo no primeiro turno das eleições.
Ao todo, 1.464 detentos provisórios --aqueles que cumprem decisões de prisão temporária ou preventiva, ou têm direito a recursos-- votaram no dia 3 de outubro.
Tiririca, o campeão de votos no Estado --foi escolhido por mais de 1,3 milhão de pessoas--, obteve 122 votos nas penitenciárias paulistas.
Ontem Tiririca foi notificado para se defender na ação penal na qual foi acusado de falsificar um documento entregue à Justiça Eleitoral em que declarou que é alfabetizado. O prazo para apresentar a defesa é de dez dias.
O juiz responsável pelo processo, Aloísio Silveira, informou ontem que esse tipo de ação não resulta na cassação imediata da posse do candidato eleito.
Para a Assembleia Legislativa, a mais votada nas urnas dos presídios paulistas foi Vivi Fernandes (PMDB), que conseguiu 51 votos ao todo.
Marta Suplicy (PT), Netinho (PC do B) e Aloysio Nunes (PSDB) lideraram a disputa para o Senado entre os detentos, com 563, 553 e 329 votos, respectivamente.
Para o governo de SP, os mais votados foram Aloizio Mercadante, do PT, com 824 votos, Geraldo Alckmin, do PSDB, escolhido por 278 detentos, além de Fábio Feldman (PV) com 68 votos, Celso Russomano (PP), com 56, e Paulo Skaf (PSB), com 45.
Na eleição para a Presidência, Dilma Rousseff (PT), obteve 858 votos, Marina Silva (PV), 292, e José Serra (PSDB), 191 votos.
O candidato a deputado federal Ney Santos (PSC), que foi acusado pela polícia de ligação com a facção criminosa PCC, conseguiu apenas dois votos nos presídios.
A implantação de seções eleitorais nas penitenciárias foi inédita em São Paulo e na maioria dos Estados do país.
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