Mato Grosso lidera o ranking dos estados com o maior número de assaltos à caixas eletrônicos do país. Até agora, 104 terminais foram arrombados e mais de 300 pessoas investigadas por suspeita de envolvimento.
De acordo com a Polícia Judiciária Civil, chegam a ocorrer, em apenas uma noite, cinco arrombamentos, consumados ou não, em diversos municípios do Estado.
"São várias pessoas envolvidas e hoje realmente é algo que está muito pulverizado no Estado. As cinco tentativas ou consumações do crime nos fazem entender que são várias quadrilhas agindo ao mesmo tempo", afirmou a delegada Ana Cristina Feldner, responsável por investigar diversos destes crimes.
Usando maçaricos, armados com metralhadoras e muitas vezes encapuzados, os bandidos escolhem qualquer lugar para a ação. Em Cuiabá e no interior do Estado prédios públicos, empresas, prefeituras e universidades estão entre os locais que passaram pela ação das quadrilhas.
A ação recorrente em Mato Grosso chegou a levantar suspeita de que vigilantes estariam participando dos crimes. A desconfiança é de que os guardas contratados por agências bancárias estariam trabalhando clandestinamente, facilitando o arrombamento.
De acordo com o delegado de Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Luciano Inácio, a colaboração desses profissionais faria com que as ações das quadrilhas dêem certo em quase 100% dos casos.
"Nós temos, comprovadamente, dois vigilantes que não são mais nem colaboradores, são ladrões. Eles deixaram de atuar na segurança para atuar como ladrões. Prova disso é um vigilante preso e autuado em flagrante no CPA, por envolvimento em crime em um supermercado", revelou o delegado. (Confira mais: aqui).
Para a delegada Ana Feldner, a diminuição no número de arrombamentos no Estado só poderá ocorrer caso haja ações eficazes, com união das forças em todos os municípios, já que os crimes não têm locais definidos.
"É necessário um rigor e um combate eficaz de todas as partes de Mato Grosso. Todos os membros que representam as forças repressivas do Estado tem que se unir para que haja realmente um combate", analisou.
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