terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
TCHÁ POR DEUS - PF desarticula quadrilha chefiada por PM em presídio
A Polícia Federal mobilizou, no começo da manhã desta terça-feira (28), mais de 50 policiais, em Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá), para cumprir nove mandados de prisão e nove mandados de busca e apreensão, emitidos pela 1ª Vara da Criminal da comarca local.
O objetivo é desarticular uma quadrilha baseada na Penitenciária da Mata Grande, a segunda maior de Mato Grosso, de onde controlava a distribuição de entorpecentes na região Sul do Estado.
Segundo as investigações, um policial militar participava dos crimes, facilitando a entrada de drogas e telefones celulares no presídio, bem como coordenava a quadrilha fora da cadeia.
Durante quatro meses de investigação da Operação Raiz, foram feitas quatro apreensões de entorpecentes, totalizando mais de 297 kg de drogas, e nove pessoas foram presas.
Além disso, constatou-se que, com a participação de agentes públicos, tornou-se comum a entrada de telefones celulares dentro do presídio, permitindo que os criminosos continuassem coordenando seus negócios a partir de suas celas, mesmo após condenados por crimes como homicídio, tráfico de drogas e de armas.
A Operação Raiz recebeu essa designação porque, nos levantamentos preliminares, os criminosos se referiam a um dos chefes da quadrilha apenas como o “Mandioca”.
A ação policial é um prolongamento da Operação Xadrez, deflagrada ano passado, contra o tráfico baseado na Cadeia de Itiquira (357 km ao Sul da Capital) e na própria penitenciária da Mata Grande.
Os trabalhos se iniciaram após a apreensão de um tablete de maconha no telhado do presídio e de diversas apreensões nas celas, em blitz realizada pela Polícia Militar e agentes prisionais.
De acordo com a PF, as investigações para interromper o envio de drogas e telefone à Mata Grande devem prosseguir após o encerramento dessa operação, pois há um grande efeito nocivo à sociedade, uma vez que os criminosos estabelecem no presídio uma base de atuação no Sul do Mato Grosso e continuam a administrar sem interrupção seus negócios ilícitos.
Fonte:midianews
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