domingo, 26 de fevereiro de 2012

TEM MALANDRO VENDENDO SAÚDE EM MT - Prisão de segurança revela esquema de propina em hospital



O segurança Edson Fernando da Silval, 48 anos, do Pronto-Socorro de Várzea Grande (PSVG), foi preso em flagrante, após intermediar o pagamento de R$ 2.500,00, para que uma paciente que saiu do PSVG fosse submetida a uma intervenção cirúrgica no Hospital Metropolitano do município.

A prisão, pelo crime de corrupção passiva, ocorreu no final da tarde de sábado (25), próximo ao PSVG. O marido da paciente - que fez uma cirurgia simples numa perna -, um motorista de ônibus, combinou com o segurança de fazer o pagamento, sgeundo a ocorrência policial.

Policiais civis que acompanhavam de perto prenderam Edson, assim que ele recebeu um envelope com o dinheiro. De lá, ele foi levado para a Central de Flagrantes e se reservou no direito de falar somente em Juízo.

A direção do Hospital Metropolitano disse ter ficado surpresa com a cobrança da propina e informou que vai instaurar um procedimento administrativo para apurar o caso.

A suspeita é de que, se o segurança estava intermediando o esquema, mais gente estaria envolvida na cobrança extra para fazer cirurgia. E esse não seria o primeiro caso. 

De acordo com as investigações, Edson chegava oferecendo, cirurgias em nome de um médico, que ficaria com o dinheiro cobrado. O segurança receberia comissão. O nome do médico não foi revelado.

Conforme o motorista, no dia 19 (domingo), a esposa dele sofreu um acidente de moto e foi levada pelo Samu ao PSVG. Como a fila de espera de atendimento era grande, começou a perguntar se não havia alguma alternativa. Um segurança disse que poderia providenciar, num hospital particular, a cirurgia por R$ 6.500,00.

“Achei o preço alto e logo ele (Edson) me veio com uma proposta de R$ 2.500,00. Minha esposa voltou para a ambulância do Samu para ir até o local da cirurgia. Para minha surpresa, era um hospital público e não particular”, relatou o motorista.

Ao chegar no Hospital Metropolitano, a esposa do motorista não pôde ter atendida de imediato. O segurança alegou que o médico combinado não estava no local, pois teve que atender a um procedimento de urgência, mas ficaria marcado para a quinta-feira (23). 

No dia marcado, a esposa do motorista foi operada, mas Edson ligou em seu celular duas vezes, cobrando a propina.

O motorista, então, procurou a gerente operacional do hospital, Sônia Pereira da Silva, que disse ter ficado surpresa com a cobrança. 

Para confirmar, o motorista ligou para o segurança e a gerente, se passando por uma prima, confirmou a cobrança da propina. 

Sônia, então, orientou o motorista a procurar a Polícia Civil. Policiais da Central de Flagrantes, então, acompanharam o pagamento e prenderam o segurança em flagrante.

Em depoimento à Polícia, a gerente operacional relatou não ter desconfiado da cirurgia, uma vez que a paciente chegou através de trâmites legais.

 “De início, não tinha como fazer a intervenção cirúrgica porque a paciente não estava regulada (com confirmação de vaga). Quando ocorreu a regulação, foi marcada a cirurgia, que, de fato, ocorreu. Ao confirmar a cobrança do dinheiro, orientamos o marido da paciente a procurar a Polícia”, explicou.


Fonte:midianews

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